Eu poderia dizer muito sobre aquela somatória entre mim e
você: nós. Mas essa questão é mais insignificante que um zero a esquerda. Essa
situação já passou, lavou e cozinhou: fez todas as suas obrigações e foi
embora.
Não há mais o que possa ser feito, nem desejos para que houvesse, restaram. Aquele arrepio? Coça. O suspiro? Engasga. Não há mais
reações nem emoções.
Sentimentos? Alguns. Não mais os mesmos que antes, mas claro
que ainda tem um pouco de pena. A dúvida e o perdão também fazem parte do
repertório, do resultado da nossa equação.
Eu poderia abrir o jogo, o seu jogo. Eu poderia colocar as
cartas na mesa e contar tudo que eu sei, tudo que você me disse. Mas, de alguma
forma você confiou em mim, e por isso não irei tão baixo. Afinal, não quero
chegar onde você está.
Nessas e outras evito encontrar você de qualquer forma, cor
e tamanho. Não por medo de recair, e sim, por satisfação. Estou satisfeito com
tudo que aconteceu, não preciso de mais dor, humilhação e traição.
Aprendi tanta coisa, obtive tantas certezas. Parece óbvio,
mas do mesmo jeito que “um” mais “um” resulta em dois, “eu” e “você” resulta em
dor. Antes eu pensava que nosso
resultado era a união, era “nós”. Mas, a paronomásia anterior venceu pela razão
e sentido. – senti muito.
Tudo acabou. Mas, fico feliz por ter tido a chance de
começar. Foi muito difícil aprender e
levar comigo todas essas lições, mas valeu a pena. O resultado final foi eu ter
te subtraído totalmente das minhas intenções, desejos e razões.
Você não tem peso, não tem mais valor. Você não interfere em
mais nada. Por tudo então, agradeço sua participação em minha vida. - adeus.