segunda-feira, 17 de junho de 2013

Tornado – acho que tem um beija-flor voando em você

Tornado – acho que tem um beija-flor voando em você

 

A vulnerabilidade me pegou - um pequeno beija-flor pousado em um muro em pleno outono. Estou ao dispor mesmo sem querer.
Sinto meu coração bater e o ar entrar pelas minhas narinas e sair pela minha boca. Sinto-me sendo observado, analisado e perseguido. Estou vulnerável a ventos fortes, estou vulnerável à confusão – maldito tornado que circula.

A brisa de libra – aquela antes desejada- não balanceou, ela nem sequer existiu. A brisa evoluiu e virou vento, tempestade – me carregou e atordoou.  
Eu me pus vulnerável a ela, mas só naquele momento – meados de março - e ela, esperta, conquistou força e me levantou nos meados de junho.

A vulnerabilidade que me invade é resultado da cura. Estou curado daquele falso amor. E estou vulnerável a descobrir novos – verdadeiros ou não.
O vento me ergueu e estou à mostra.

Parece que estou contando estrelas no céu; uma, duas, três... sessenta e cinco – quantas mais ainda restam para eu catalogar na minha memória? Todas que surgem julgo ser a cadente, a realização do meu sonho – amar e ser amado.
Mas, sei que não é nada disso, sei que a estrela certa cairá em mim e brilharemos juntos.

Quero descer senhor tornado – solte-me.
Não me deixe tão exposto, tenho medo. Eu sei voar, deixe-me sair de suas ondas de vento que circulam e me deixam tonto/confuso.
Já escrevi sobre você antes, já compus sobre você antes – você é um dos meus temas preferidos - medo do amor, não é o meu tema preferido e sim, o medo de amar.

Então, “Tornado, você está estragando tudo. Tornado volte a ser uma brisa. Eu só quero que você se desfaça, como tudo que costumávamos ser. Nada volta a ser o mesmo, quando os tornados passam.” Cantei isso pra você, escrevi isso pra você. Nãos seja ingrato, me deixe ir.

Tornado, deixe-me ir ou serei forçado a aceitar a vulnerabilidade e a usarei contra você- que viva o melhor. Aprenderei a voar em suas voltas e você não me ameaçará mais.
Deixe-me ir, ou melhor, vamos comigo então.
Cansei de lutar contra algo imensamente mais forte que eu. Tomarei um Plasil para não me enjoar de tanto te circular- sou o rei da adaptação e acho que finalmente aprenderei a amar.

Tornado, acho que tem um beija-flor voando em você!


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