quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Enquanto quente.


Enquanto quente.


O que foi, não quer falar?
Solte os lábios amor,
esses aí que costumavam me beijar.

Está incomodado com a conversa,
quer ir embora?
Não negue, eu sinto a pressa,
seus pés rumo à porta.

Resolveu dizer algo, que bom.
Quanta ira amor, abaixe o tom.
Você acha que eu vou engolir o que você está dizendo?
Abaixe as mãos, eu vomito e desprezo teu veneno.

Jogue na minha cara, tente me convencer.
O seu ciúme era minha tara, sua mão em meus ombros, era mesmo pra me proteger?
O que houve com a gente, por que você não disse tudo o que leio?
Devia ter dito enquanto quente, agora me pergunto: “você nunca esteve satisfeito?”.

Eu achei que fui suficiente, que eu era o bastante.
Te amei além do consciente enquanto eu  tive a chance.
O que me resta agora é aceitar,
sentar neste chão frio e chorar.
Minhas birras vão me alimentar, sumir com você (...)
me afastar.

(...) desse momento em que vejo o amor indo.
Por favor, vá junto com ele.
Deixe-me aqui sorrindo,
Com meus braços cruzados vivendo, fingindo que não há desespero.


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