domingo, 30 de junho de 2013

Glória


Glória



Vamos gloriar aquele que age por si e é responsável pelos seus atos. Vamos gloriar aquele que tem boa aparência e sabe como se vestir. Vamos gloriar aquele que fala outros idiomas e sabe como se comportar em qualquer situação. Vamos gloriar, tirar uma fotografia, e colocá-la como plano de fundo, ou num porta retratos.

Vamos gloriar aquele que fala bonito e sabe as regras de etiqueta. Vamos gloriar aquele que tem um português corretíssimo e uma desenvoltura para a escrita impressionante. Vamos gloriar aquele que ouve boas músicas e lê bons livros. Gloriemos então aquele que sabe o que é bom gosto.

Vamos gloriar aquele que é intelectual e explica tudo com base nos artigos lidos. Vamos gloriar aquele que é santo e não peca. Vamos gloriar aquele que não se decepciona por não criar expectativas.  Glórias são exaltadas a esta pessoa.

Vamos gloriar e aplaudir aquele que é disposto e corre atrás do que quer. Vamos gloriar e reconhecer aquele que tem o cargo desejado, por próprio mérito. Vamos gloriar, enaltecer aquele que acorda cedo, mesmo cansado, para lutar por uma vida melhor. Glorificações rodeiam em você como uma aureola natural.

Vamos gloriar e não vangloriar.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Cativeiro


Cativeiro


Sinto-me preso, acuado. Estou vivendo num cativeiro, logo, completamente dependente de quem me trata: ansiedade.

Corro de um lado pro outro, bato nas grades / telas de proteção, me machuco, mas não dou importância.  Sempre que suponho ter uma saída, corro em direção à esperança. A esperança brilha, mas em mim logo se apaga. Vozes dizem para eu não manifestar demais, mas eu tenho medo de ser enganado mais uma vez. E me jogo. E me entrego.

Minha ingenuidade é exagerada. Acredito em tudo, e vou dando pontuação às pessoas.
Eu não pontuo, dou créditos. Se eu pontuasse, do jeito que eu estou, só daria reticências para continuarem seguindo.
Os créditos, que eu disse antes, são o quanto elas podem me machucar/decepcionar. As pessoas, em primeira vista são perfeitas – oras, acredito que qualquer uma seja aquela especial que irá me tirar deste cativeiro. Mas ao longo do tempo, quando vou aceitando as imperfeições e incompetências, a pontuação vai caindo e eu vou me dando de cara com a grade.

Alguém um dia vai me tirar deste lugar? Estou aqui há tanto tempo.
São contáveis e lamentáveis as vezes que eu julguei finalmente estar prestes a ser libertado deste cativeiro.
 Os anos vão passando, as estações vão mudando. Barbas cresceram, flores murcharam. Ventos ainda sopram e moinhos ainda rodam. Eu ainda estou preso e eu ainda quero sair.

Por que eu espero tanto a ajuda de alguém? O que eu espero tanto que aconteça?
As coisas sempre foram tão individuais comigo, por que ainda peço licença, se estou sozinho à mesa?

O sol bate e eu reflito - no poleiro esquerdo, feito de sucupira. Quem sabe o calor não catalisa meus pensamentos e razões? Quem sabe eu não encare que a chave da liberdade está comigo e tome uma atitude?

Não sou mais forte que a grade, sei quais caminhos não seguir. Sei que o fogo arde, e que se eu não bater as asas, vou cair. Sei que a água molha e salga meu rosto. Sei que a liberdade está dentro de mim. Sei fazer esforço.

Como eu posso por em outras mãos, se não as minhas, a minha felicidade? As pessoas me controlam, apertam, esmagam – pura maldade.
Sinto-me preso, prisioneiro de mim. Vou sair deste cativeiro, mergulharei num infinito qualquer. Cantarei pra fora e voarei sem rumo. Caso eu encontre um, logo sumo.

Chega de créditos, chega de vãos. Chega de esperar sentidos e significados. Chega e vai embora. Não chega, não desgaste-se – fique onde está.
Faça o que quiser; você, ele, ela.

Parei de olhar pros lados e olhei pra cima; achei o caminho. Bom e velho norte, estou de volta. Ligeiro beija-flor, voando rumo ao seu ninho.


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Tornado – acho que tem um beija-flor voando em você

Tornado – acho que tem um beija-flor voando em você

 

A vulnerabilidade me pegou - um pequeno beija-flor pousado em um muro em pleno outono. Estou ao dispor mesmo sem querer.
Sinto meu coração bater e o ar entrar pelas minhas narinas e sair pela minha boca. Sinto-me sendo observado, analisado e perseguido. Estou vulnerável a ventos fortes, estou vulnerável à confusão – maldito tornado que circula.

A brisa de libra – aquela antes desejada- não balanceou, ela nem sequer existiu. A brisa evoluiu e virou vento, tempestade – me carregou e atordoou.  
Eu me pus vulnerável a ela, mas só naquele momento – meados de março - e ela, esperta, conquistou força e me levantou nos meados de junho.

A vulnerabilidade que me invade é resultado da cura. Estou curado daquele falso amor. E estou vulnerável a descobrir novos – verdadeiros ou não.
O vento me ergueu e estou à mostra.

Parece que estou contando estrelas no céu; uma, duas, três... sessenta e cinco – quantas mais ainda restam para eu catalogar na minha memória? Todas que surgem julgo ser a cadente, a realização do meu sonho – amar e ser amado.
Mas, sei que não é nada disso, sei que a estrela certa cairá em mim e brilharemos juntos.

Quero descer senhor tornado – solte-me.
Não me deixe tão exposto, tenho medo. Eu sei voar, deixe-me sair de suas ondas de vento que circulam e me deixam tonto/confuso.
Já escrevi sobre você antes, já compus sobre você antes – você é um dos meus temas preferidos - medo do amor, não é o meu tema preferido e sim, o medo de amar.

Então, “Tornado, você está estragando tudo. Tornado volte a ser uma brisa. Eu só quero que você se desfaça, como tudo que costumávamos ser. Nada volta a ser o mesmo, quando os tornados passam.” Cantei isso pra você, escrevi isso pra você. Nãos seja ingrato, me deixe ir.

Tornado, deixe-me ir ou serei forçado a aceitar a vulnerabilidade e a usarei contra você- que viva o melhor. Aprenderei a voar em suas voltas e você não me ameaçará mais.
Deixe-me ir, ou melhor, vamos comigo então.
Cansei de lutar contra algo imensamente mais forte que eu. Tomarei um Plasil para não me enjoar de tanto te circular- sou o rei da adaptação e acho que finalmente aprenderei a amar.

Tornado, acho que tem um beija-flor voando em você!


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Sentidos


Sentidos


O café estava quente, até queimei minha língua.
Bom que agora eu a sinto e previno falar coisas ambíguas.

Olhei para janela e vi a vida correr do lado de fora
Olhei para dentro de mim e a vi pedir pra ir embora.

Os pingos da chuva que caem não molham, águam
O mestre não ensina, instrua.

Cabeça baixa, levante-a e siga.
Erga-se, encare a briga.

Palavras mal ditas, ouvidos devoram.
Sentimentos confundem e olhos choram.

Verdades não se vestem ou são sutis; andam nuas.
Se quer educação e respeito, não minta, flua.


Won’t you? ♪


Won’t you? 


Oh my baby, please take my hand
Lead me wherever you want
And don’t you forget to spend
A couple little time with me
I wanna feel you’re being near
Of my body, of my love
Don’t tell anybody, they’ll never know

That I am in love, for a long long while
Stay tonight, I’m gonna tell you about
My feeling is growing, my heart doesn’t know
How to deal with it
Won’t you help me to

Accept we were made for each other's arms
Our lips were made to be always in touch
My body needs to feel your lovely warmth
I don’t care, you can take me anywhere
With a feeling like that, I’m just a step
To reach what I most want
Oh my baby, won’t you come?
Won’t you come? Won’t you come?

I must confess, I’m a lil’ bit afraid
You should know this, I’m afraid of you baby
Maybe I love more than I'm supposed to
But what can I do?
If I opened up my heart, I gave my all to you.

I just want you, to

Accept we were made for each other's arms
Our lips were made to be always in touch
Your body needs to feel my lovely warmth
You shouldn’t care, I could take you anywhere
With a feeling like that, we’re just a step
To reach what we most want
Oh my baby, won’t you come?
Won’t you come, won’t you love
The way I want?
https://mail.google.com/mail/u/2/images/cleardot.gif


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Who cares? ♫


Who cares? ♫

Saturday night and you called me
You said how much you want, care and miss to be
by my side.
Even you knowing I’ve already get rid of you
You keep trying and trying to come back
But why don’t you,

 let me go and forget what you firstly dismissed?
I know what you feel, (it’s not love) you’re regretful
But I don’t care
We had our time and you just got late
You should forget,
Cause you’re gonna suffer when I ignore all the things you say

Who, who, who – Who cares?
Who, who, who – Who cares?
Who, who, who – Who cares?
Who cares?
Who, who, who – Who cares?
Who, who, who – Who cares?
Who, who, who – Who cares?
Who cares?

Now tell me darling, who’s gonna care?
You can: write about us, declare on Facebook
Cause I just wanna know who,
Who’s gonna care about you?

I don’t wanna revenge, I just don’t you anymore
Maybe we could be good friends, our lover’s time is gone
Now you should stop trying to got me again
What I felt for you, you let it dies – (darling, we’ve already had our end)

Who, who, who – Who cares?
Who, who, who – Who cares?
Who, who, who – Who cares?
Who cares?
Who, who, who – Who cares?
Who, who, who – Who cares?
Who, who, who – Who cares?
Who cares?

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Dilui-se indo.

Dilui-se indo.


Poeira e você – mais um vento forte, acaba ou espalha tudo.  Eu teria preguiça de juntar tudo de novo, e também teria medo que você me contaminasse ainda mais; sou intolerante à nossa situação.
Não basta sua presença inconstante, você tem que excitar a minha esperança, indo e vindo. Se não eu, alguém te espanará para bem longe de mim, pode ter certeza.

Você está diluindo, e cada dia que passa, penso menos em você.
Sabe quando aquele pensamento está ralo? Quando a gente força para manter a concentração naquela ideia? Pois é, você chegou a este nível.

Eu vejo você escorrendo, só que não mais em lágrimas. Eu vejo você na ponta de um precipício e cabe a eu decidir, se você fica ou cai. Deus sabe o que eu queria e o quanto eu queria te puxar e agarrar em meus braços para evitar a queda/ a sua morte em mim. Mas receber um agradecimento casual não me alimentaria – então sutilmente eu sopro pra você cair e me deixar de vez.

Enquanto você cai, eu vejo passar todo o tempo que perdi esperando você mudar de ideia, me ligar, me corresponder. Enquanto você cai, o espaço, admiração e atenção antes ocupados por você, fica vazio. Me sinto oco, no vácuo. 

Não quero resquícios de você em mim. Vou esperar você cair, o luto da sua morte, e só depois tirar a bússola do bolso. Por mais que eu sempre voe rumo ao norte, eu preciso saber em que ponto estou, já que por estar completamente perdido, preciso saber o caminho para nunca mais voltar ou percorrê-lo.

Eu não insisti em nada, deixei mesmo as coisas acontecerem e elas te guiaram para a ponta do precipício. Eu tenho medo de ceder ao acaso e ficar novamente vulnerável à entrada de situações como a nossa.  Em falar em “nossa situação”, em qual estamos? Ah! Vou soprar pra você cair.

Espero que quando você estiver caindo, você não se arrependa e acabe voltando, como sempre você faz. Só que dessa vez é definitivo, pois foi tudo naturalmente conduzido, tipo um ciclo – só se você souber voar, você se safa dessa. A gravidade, em todas suas vertentes e significados impedem você de voltar; eu espero.

De qualquer forma, sinto você diluindo - café ralo, refresco de padaria, gelatina como sobremesa, bolacha água e sal sem acompanhamento. Comida sem tempero, aniversário de criança sem brigadeiro e água de bebedouro.  Você está perdendo a graça, você está me perdendo.
Enquanto você dilui, eu continuo indo.