domingo, 21 de julho de 2013

Peguei paixão

Peguei paixão



Maldita vulnerabilidade, fui contaminado de novo. De forma mais branda e inofensiva, se é que é possível, estou apaixonado novamente.
Resolvi assumir isso ontem a noite, e descobri o lógico: quanto antes o diagnóstico, mais possível e rápida a cura.

Paixão pra mim é doença. Ela tira o apetite, te derruba na cama. Às vezes você emagrece, perde até disposição.
Espere! Paixão é doença mesmo, é como obesidade: é um maldito distúrbio hormona (dopamina).

Ninguém inventou a cura disso?

Ontem a noite eu descobri muitas coisas - a noite foi como a lua estava, cheia. Além de que, diagnosticar o mais breve possível ajuda,  eu descobri o motivo desta minha imensa vulnerabilidade. Não citarei o seu porquê, mas tomarei as devidas providências para que isso acabe de vez.

O problema não está comigo. O que aconteceu foi o óbvio, foi o mesmo que sair de um banho quente, pisar no chão frio estando descalço, e sair de toalha recebendo o vento gelado que entra pela janela do 13° andar do meu apartamento.  No certo, um resfriado.

Foi isso! Eu saí desprevenido depois daquele desastre passado (últimos 14 meses), ignorando todas as condições. Achei, que por ser recente demais, eu estava vacinado contra este tipo de situação. Mas, paixão não é como catapora, que dá uma vez pra nunca mais acontecer. Paixão é como gripe mesmo; são vários tipos de vírus (porquês).

Mal recuperei de uma, e estou em outra – coração mole! Na verdade, é a primeira vez que isso acontece. Antes eu ficava de luto alguns meses, esperando meu coração recuperar, os anticorpos da decência ganharem força e o tratamento de amor próprio na veia fazer efeito.  Tudo aconteceu rápido demais dessa vez. Mas, não estou confuso - o que ameniza os efeitos da peste - mas, estou cansado.

Cansei de lutar contra mim mesmo; regrar meus pensamentos e atitudes. Cansei de engolir gritos de raiva e cansei de querer mostrar que eu existo.

O mais engraçado é que eu não quero juntar os sentimentos e chamar isso de namoro, ou relação.  Eu quero é proporção, atenção. Não me culpem, culpem os hormônios, eles pedem isso.

Eu tenho outros ideais em mente, outras prioridades. Não estou pronto para me envolver com alguém, eu sei disso. Mas, ninguém acorda e fala: “Hoje eu quero uma gripe B!”, assim como ninguém normal acorda dizendo: “Hoje eu quero me apaixonar por alguém do centro-oeste da Groenlândia”.  Ninguém pede para adoecer, ninguém pede para apaixonar. Na verdade, ninguém sequer tem escolha.

No mais, eu já tenho todos os remédios básicos para esta situação. É como uma pessoa alérgica que anda sempre com um frasco de remédio de nariz consigo - quando o tempo ameaçar, ela já está preparada para amenizar os efeitos.  E, ao longo do tempo, a coriza passa.

Hoje, estou doente, apaixonado. Mas, assim como o tempo de vida de um vírus da gripe, o da paixão também dura algumas semanas. Agora é tomar cuidado - toda gripe pode evoluir para algo mais sério e complicado, assim como uma paixão mal administrada. Da gripe, eu tiro repouso. Da paixão, meus textos e letras.  

Sei os porquês desta paixão do segundo semestre de 2013, e garanto que vou seguir a receita conforme foi descrita para mim. Não haverá declarações, nem  nada demais.
Vai passar e eu nem vou lembrar do meu último “atchim”.



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