terça-feira, 1 de outubro de 2013

Selva vidas

Selva vidas




Despiram-no. Tiraram-lhe peruca e máscara.
A fantasia, manchada de sangue, torna-se inútil, já que a identidade foi revelada.

Ele está exposto, às claras. A luz que invade, penetra diretamente na alma, pois não há desvios, não há disfarces – a luz que entra, queima, até que seja transformada.

Sugue toda a luz enviada, e brilhe. Este é seu momento, só seu.
O que é nosso, deve ser preservado, mantido.  Se não, passa a ser do outro, ou morre - no seu caso, apaga.

 Se quiser saber qual animal escolher ser, nesta selva de pedra, não perca seu tempo. Não há escolha, e sim, aceitação.
 Saia da jaula, gaiola. Arranque as rédeas, coleiras. Deixe as penas das asas crescerem, não deixe montarem em você. Conduz-te, ti mesmo, voe contra o vento. Lata, mie, pie – cante. Você sabe o que fazer.

Não morda a isca no anzol, não atalhe ou poupe esforços, cace ou fique preso no alçapão.
Não analise a vida como uma luta, e sim que vale a pena lutar, para vivê-la. Lute por si, pelo seu direito de existir.

Muitos representam aquilo que queriam ser, e isso faz muito mal. Num mundo, em que poucos realmente existem, basta crer para se tornar. – acredite

Crer não é convencer, vale a pena lembrar. Use as palavras que significam o que sente, se não existem, simplesmente as invente.

Todos têm o poder de criar, e muitos também têm o medo de arriscar. Inverta valores, tenha medo de não criar por não ter arriscado.

Selva de mato ou de pedra, é selva. Cadeia alimentar, caça ou caçador, várias espécies, raças e tribos.


Qual animal você é, quem  é você? Salve sua vida.

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