Quando eu digo que você ressuscitou, eu minto. Você nunca
morreu em mim, sempre esteve presente, se escondendo e disfarçando, mentindo e
enganando, me fazendo sentir mal.
Você sempre esteve aqui, apertando meu peito, segurando
meu ar, escorrendo nos meus olhos.
No fundo, eu sei que você ainda se diverte e ri do quanto,
com você, sou vulnerável, fraco e fácil.
Comigo, você não tem o prazer da conquista e sim o prazer
da certeza. Talvez, eu seja sua única
certeza na vida, talvez, de alguma forma, eu seja a única coisa realmente sua. –
que você conquistou.
Por que você ainda liga, manda mensagem? Por que você
insiste nisso?
Você sabe que eu não quero te querer, e que já pendurei
uma placa de “vende-se” no seu espaço em mim. Muitos já conferiram a oferta, mas
todos chegam com preços, e ninguém com valores. – assim eu não quero.
De repente, você cria a ilusão de que somos amigos e começa
a me contar das suas aventuras, do seu dia, dos seus sentimentos. Por que você
ainda me tem na sua agenda? Se você quer me torturar, arranque-me unhas com
alicates, me queime, me afogue. – só não me deixe achar que um dia finalmente
ficaremos juntos.
Morto ou não, o sentimento volta a agir em mim. E foi assim,
por acaso, que você e sua presença voltam a me incomodar também. De acaso em acaso, te conto uma coisa:
cansei.
E por um acaso, num acaso qualquer, eu sei que você vai finalmente
morrer em mim. Eu não águo mais este amor “erva - daninha”, muito menos o deixo
respirar. – o ar que isso respira, é aquele que você me tira quando passa por
mim, só.
Continue assim, falo sério.
Prefiro ver um suicídio, a ser o assassino de algo
programado para morrer.
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