sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Bom negócio

Bom negócio


Estou cansado demais para pensar a respeito e concluir qualquer coisa. Por isso, serei breve (ao contrário da nossa discussão na noite passada), porém expressivo (proporcional às nossas atitudes nesse mesmo contexto temporal).

Ontem agimos como verdadeiros profissionais de sucesso: trocamos segredos e truques, mantendo a elegância e as vertentes da beleza. As desculpas não se passavam por argumentos, e os dramas eram usados apenas para promoção de um entendimento em base. -tornarem-se fatos.

Não houve enrolação, só depois nos lençóis. No geral, fomos bem diretos ao ponto. – final.
Como toda boa negociação, os dois saíram ganhando. Como o lucro é particular e seu valor é intransferível, meu sorriso induz que tudo valeu a pena.

Sempre estive satisfeito: antes você me satisfazia e agora essa revisão contratual me atende plenamente também.
Foi um prazer fazer negócios com você.

Claro que ainda há um fio de esperança que deseja a recisão (no prazo permitido de 07 dias), e que você mude a tática de ataque e tornemos então, parceiros legais e morais. Porém, esse fio entra em curto circuito quando lembro os motivos que levaram você a promover nossa interação inicial.

Não fazemos parte do mesmo time, não estamos no mesmo ramo, sequer somos a concorrência um do outro. Fomos clientes mútuos, e era esse nosso nível de relação.

Você foi a melhor experiência que já tive no ramo. Não farei indicações, pois não trabalho com esse setor. Porém, você continuará sendo, mesmo que nas entrelinhas da minha consciência, uma referência de que vale a pena investir em paixões.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Só isso

Só isso



Aquela curva pega, desarma e acidenta, desconcertando, a todos: quem a vê, quem a percorre e até quem a imagina. Todos acabam sendo vítimas.

Mas, ela é natural, nasceu pela eventualidade, e o acaso a inspirou a continuar viva. A curva brilha, ilumina e hipnotiza quem a percebe.  A curva conquista e convida você a percorrê-la.

Seu surgimento incidental, inspira. Todos querem e questionam sua formação: tão estratégica, tão deliberada.

Essa curva aprendeu a ser construída, mantida e compartilhada. Essa curva conquista, mostra força e qual caminho seguir.  – até como continuar.

Se você estiver perdido, essa curva é o retorno da estrada. – ela te leva onde você tem que ir. Por isso é tão tentada.

Muitos só a circulam e não vão a lugar algum. Mas, os verdadeiros choferes que passam por ela, na ida e na volta, conseguem chegar e ir. – viver.

Essa curva canta, como encanta. Essa curva é poderosa, espanta. Essa curva está na nossa frente e mostra como e quem somos. Essa curva é o riso, só riso.

O sorriso defende e também ofende. O sorriso desarma, como mata. O sorriso conquista, como afasta. O sorriso é o caminho, e ser feliz é seu destino.


Sorria, direcione-se. Percorra a estrada da vida, sinalizando a curva que te desvia de todos os males.  Só isso, sorriso!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Iô-iô

Iô-iô


Sabe qual a diferença entre você e um iô-iô? Você não está em minhas mãos, porque ir e vir é sua constância. Se eu tivesse você comigo, descaracterizaria tudo isso e tudo deixaria de ser divertido pra você, certo? Além do mais, eu sou a parte do entretenimento aqui.

Quanta tolice! Há tantas coisas divertidas a serem feitas a dois, coisas melhores, mais saudáveis e prazerosas. Tudo melhor que ficar brincando de esconde-esconde em pleno auge dos vinte e poucos anos.
Ficaremos nessa ciranda, ou já posso pedir pra sair? Cansei. Sempre ouvi falar que quem não sabe brincar, brinca sozinho: então me deixe pra lá, pois não sei brincar de lutinha, afinal, não gosto de machucar as pessoas (mesmo que sem querer).

Em falar em machucar, era esse seu medo? Então, conte-me como está sendo encará-lo, já que você conseguiu, mesmo com tanta cautela, me ferir com essa sua inconstância?

Estou achando que sou seu kit diversão. Às vezes sou iô-iô, às vezes peão: você me enrola, aperta, me mantém firme (seguro), depois solta e me deixa confuso (tonto).

Sinceramente, vamos brincar do que eu quiser agora: estátua, vaca amarela e o mestre mandou. Se você comportar direitinho, podemos brincar de cabra-cega em nosso quarto, nossa cama, dentro dos nossos cobertores, mesmo que seja uma brincadeira pra quem já é crescido, uma travessura às vezes te deixaria mais à vontade. – eu sei, bebê.


No final de tudo, concordo um pouco contigo. Pra que ter um relacionamento sério, se ele pode ser engraçado, divertido, apaixonante e ainda assim respeitoso?
Mas, em nosso caso, é uma pena que estamos na parte que o iô-iô só foi e ainda não voltou e que me resta, através desse telefone sem fio, dizer que eu te quero (sempre quis) e que sinto sua falta.