segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Além da distância


Além da distância



Evito ficar pensando,
Mas não há como evitar o inevitável
Fico com medo de estar deixando
Você penetrar no antes impenetrável

Você pode estar se vingando, ao demorar me responder
Olho as horas meio insano, enquanto queria era ter você para ver
Suspiro fundo e respiro raso, estou pensando em nós dois
No quanto julgo ter que tomar cuidado, para não sofrer depois

Se eu abrir, por favor, entre: não seja deselegante
Será que você não sente, ou veio treinando como fingir que não antes?
Sinto frio, você pode me esquentar?
Essa foi a deixa para tudo ter a chance de começar

Estou com medo, confesso, medo de só eu estar apaixonado
Não rodeie, lhe peço, diga-me se estou certo ou errado
Se estiver errado, apenas fujo, mas caso esteja certo caio em teus braços
Tenho apenas esses dois refúgios, olhe em meus olhos e diga-me: o que eu faço?

Seja frio, seja quente
Seja verdadeiro, por favor
Não suporto amar quem mente
Entendeu amor?

Declamarei tudo que sinto, para que a culpa do não dito, não possa me atingir
Se for preciso até repito, mas você promete me ouvir?
Cedo ou tarde demais, é só uma questão de achismo
Não diga que tanto faz, não sei se aguentaria passar por isso

Logo partiremos, será que restou entre nós algo além da distância?
Lembranças não são suficientes para aquele que diz que ama
Não dissemos adeus em nenhum momento, ainda iremos nos ver de novo?
Espero que sim e com um mesmo sentimento, talvez o amor um pelo outro.




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