quinta-feira, 4 de julho de 2013

Deixe rolar

Deixe rolar


Vou deixar você segurar minha mão, vou até fazer carinho em você. Vou deixar você me levar para passear e me mostrar coisas que eu nunca antes vivenciei. Vou deixar rolar, assim como uma bola mesmo, uma simples bola – largada no quintal de casa.  Darei um ponta pé, vou deixar rolar até onde tiver que ir. Não prometo um chute forte, prometo chutar correspondente à minha vontade e disposição. Não tenho um gol, não tenho foco neste chute, por isso tenho que tomar cuidado para não quebrar a vidraça do vizinho. Você não está em um compromisso, certo?

O problema do chute, é o lugar que ele será dado. O local é plano ou íngreme? Se for íngreme, o chute vai ser dado para descer ou subir? Se for para descer, um dia a bola para, demora mais para – tipo paixão.  Se for pra cima, quem é que vai ficar chutando a bola quando ela voltar? Esse esforço, mesmo que revezado, cansa e é dispensável. – tipo rolo, de enrolado, não rolar!
Acho que num lugar plano, sem gols, vidraças e plantas, é mais seguro. Vou chutar, se você quiser continuar pegue o rebote. E se tiver que continuar, deixemos a bola rolar! – tipo um relacionamento.

Então, vou deixar rolar. Se eu não gostar, ao invés da bola, darei um pé em outro lugar! E claro, fico vulnerável a isso também!


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