Vou deixar você segurar minha mão, vou até fazer carinho em
você. Vou deixar você me levar para passear e me mostrar coisas que eu nunca antes
vivenciei. Vou deixar rolar, assim como uma bola mesmo, uma simples bola –
largada no quintal de casa. Darei um
ponta pé, vou deixar rolar até onde tiver que ir. Não prometo um chute forte,
prometo chutar correspondente à minha vontade e disposição. Não tenho um gol,
não tenho foco neste chute, por isso tenho que tomar cuidado para não quebrar a
vidraça do vizinho. Você não está em um compromisso, certo?
O problema do chute, é o lugar que ele será dado. O local
é plano ou íngreme? Se for íngreme, o chute vai ser dado para descer ou subir?
Se for para descer, um dia a bola para, demora mais para – tipo paixão. Se for pra cima, quem é que vai ficar chutando
a bola quando ela voltar? Esse esforço, mesmo que revezado, cansa e é
dispensável. – tipo rolo, de enrolado, não rolar!
Acho que num lugar plano, sem gols, vidraças e plantas, é
mais seguro. Vou chutar, se você quiser continuar pegue o rebote. E se tiver
que continuar, deixemos a bola rolar! – tipo um relacionamento.
Então, vou deixar rolar. Se eu não gostar, ao invés da
bola, darei um pé em outro lugar! E claro, fico vulnerável a isso também!
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