sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Masoquismo

Masoquismo



Mas eu quis, eu quis mesmo. Eu quis sentir intensamente, mas não imaginei que a proporção do prazer pudesse se estender a da dor.

Você foi embora e me deixou no caminho, fiquei desarmado, aberto e consequentemente ferido. Agora eu estou me recuperando.

Acho que você cabe direitinho nesse vazio aqui dentro. Acho que o que falta aqui mesmo, é você.  Eu sinto tanto a que você causa.

Eu deveria largar isso, assim como você fez comigo. Eu deveria jogar fora esses sentimentos e dizer a mim e a eles: vocês estão livres. Livres, mas condicionados. Sintam tudo, menos isso de novo.

O fato de eu gostar tanto de você, é uma incógnita. Eu prefiro ignorar o porquê, e mesmo assim na ignorância, eu confirmo e reafirmo: é você quem eu quero comigo.

Eu não finjo que está tudo bem, até porque, fingir nunca foi meu forte. Tanto que te pergunto: eu não demonstrei o bastante?

Eu errei ao mandar flores, deveria ter mandado as sementes. Assim, o tempo delas nascerem seria suficiente para você responder se voltaria ou não.

Eu quis tanto você, que pedi para se encontrar.  Agora estamos entre o para sempre e o nunca mais. – isso me deixa aflito.

Eu disse que sempre que pensasse em você, daria um suspiro e me ocuparia com outra coisa. Mas, na quarta-feira, na minha rotina de suspiros eu senti o seu perfume. O que me resta agora? Parar de respirar?

Ao chegar em casa, depois de horas de trabalho e estudo, eu, na minha auto-intimidade, desmorono na inquietude e choro. Odeio essa intangibilidade de sentidos e sentimentos entre nós.

O machucado está aberto, mas está cicatrizando. Se alguém menciona sobre você, ou eu penso a respeito; arde.

Por mais que ainda doa, por mais que isso arda muito, não vou deixar de te querer. Eu serei o meu inimigo desta vez, e podem até dizer que isso é masoquismo. Mas, eu quis, eu quis mesmo. – e mesmo doendo e tentando ignorar que não, ainda quero.


Um comentário:

Seu amigo do facebook disse...

Fabulous