Mas eu quis, eu quis mesmo. Eu quis sentir intensamente, mas
não imaginei que a proporção do prazer pudesse se estender a da dor.
Você foi embora e me deixou no caminho, fiquei desarmado,
aberto e consequentemente ferido. Agora eu estou me recuperando.
Acho que você cabe direitinho nesse vazio aqui dentro. Acho
que o que falta aqui mesmo, é você. Eu
sinto tanto a que você causa.
Eu deveria largar isso, assim como você fez comigo. Eu
deveria jogar fora esses sentimentos e dizer a mim e a eles: vocês estão livres.
Livres, mas condicionados. Sintam tudo, menos isso de novo.
O fato de eu gostar tanto de você, é uma incógnita. Eu prefiro
ignorar o porquê, e mesmo assim na ignorância, eu confirmo e reafirmo: é você
quem eu quero comigo.
Eu não finjo que está tudo bem, até porque, fingir nunca foi
meu forte. Tanto que te pergunto: eu não demonstrei o bastante?
Eu errei ao mandar flores, deveria ter mandado as sementes.
Assim, o tempo delas nascerem seria suficiente para você responder se voltaria
ou não.
Eu quis tanto você, que pedi para se encontrar. Agora estamos entre o para sempre e o nunca
mais. – isso me deixa aflito.
Eu disse que sempre que pensasse em você, daria um suspiro e
me ocuparia com outra coisa. Mas, na quarta-feira, na minha rotina de suspiros eu
senti o seu perfume. O que me resta agora? Parar de respirar?
Ao chegar em casa, depois de horas de trabalho e estudo, eu,
na minha auto-intimidade, desmorono na inquietude e choro. Odeio essa intangibilidade
de sentidos e sentimentos entre nós.
O machucado está aberto, mas está cicatrizando. Se alguém
menciona sobre você, ou eu penso a respeito; arde.
Por mais que ainda doa, por mais que isso arda muito, não
vou deixar de te querer. Eu serei o meu inimigo desta vez, e podem até dizer
que isso é masoquismo. Mas, eu quis, eu quis mesmo. – e mesmo doendo e tentando
ignorar que não, ainda quero.
Um comentário:
Fabulous
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