segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Sensível

Sensível


Até quando você vai continuar fingindo que eu não existo? Posso não significar mais nada, mas nunca vou deixar de existir. Eu sei que de certa forma eu causo um arrepio, um frio aí dentro. Afinal, confesse, ficou um vazio e às vezes você nos pega em pensamento.

Posso ser invisível, você pode até nunca mais querer me ver. Mas, nunca serei insensível, você ainda pode me sentir, talvez me ter.  Vamos restabelecer os sentidos, o que você sente somado ao que eu sinto. Vamos nos tocar, ouvir, degustar, enxergar e o que restar. – vamos nos sentir, vamos sentir tudo.

Eu sei de coisas que prefiro deixar pra lá. Coisas que machucam, me fazem sentir pra baixo e um pouco insignificante. Mas, prefiro deixá-las mesmo de lado, e te colocar a minha frente: quero te abraçar, apertar no intuito de não te deixar ir mais embora.

O que você fez comigo? Eu nunca senti isso antes. Não acho justo e honesto prometer, fazer jurar e depois fingir que nada aconteceu.

Agora talvez você entenda o porquê de eu gostar tanto de um contrato. Gosto de deixar clara a pena a ser paga por mentir, enganar ou tratar mal o estar do outro. Mas, por você, eu abro mão da indenização se de repente eu souber que você está voltando pra mim.

A chuva que cai agora significa algo pra gente. Talvez você não lembre, mas da primeira vez que tudo aconteceu, foi a primeira chuva depois de meses. Eu queria algo diferente, um sinal de que você ainda se importa, ainda quer.

Você disse me querer, espero que me queira o suficiente. Ainda estou aqui, sensível a você.


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