segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cantar a gente

Cantar a gente



Pois é, estou congestionado. Um trânsito infernal consome minhas vias de acesso.
Existem vários meios, mas só um caminho.
 Mais que escrever sobre isso, preciso
compor. Preciso tonificar minhas emoções, ritmizar meus sentimentos.  Estou acuado, preciso fluir.

Eu quero cantar esta sensação por você e saber que cada palavra ali, foi estrategicamente posicionada para manter um fluxo, fluxo esse, que não foi mantido por nós: mapa, GPS, motoristas, passageiros, tempo, estrada.

Quero subir as notas colocando tudo de mim. Aquele todo que você, como ninguém, sabe que conseguiria fazer. Quero hipnotizar-te com a frequência que minha língua preenche minha boca, convidando a tua para entrar lá depois.  Quero cantar a gente.

Neste tempo seco que estamos, tudo fica mais árduo e doloroso. As alergias surgem, assim como a sensação de que para pegar fogo, basta uma faísca. O frio não chegou em minha cidade, mas o que isso tem a ver? Em qualquer lugar que estivermos juntos, estaremos quentes – e você sabe do que quero dizer.

Chega! Entrarei de greve, pois não consigo imaginar mais um dia sem pôr em acordes, este nosso lance falho.  Não tivemos nada de mais, na verdade, nem tivemos nada- eu sei.
Mas de alguma forma, esta sua cara de idiota e este sorriso bobo que você tem, despertaram um interesse não sóbrio em mim.

Eu sinto que está tudo pronto. Tudo, inspiração, back-vocals, instrumentos, microfones, em suas devidas posições, para que possamos começar a relatar o que eu sinto. Mas, ainda não decidi se te ponho num blues ou num clássico R&B. Um pop não seria alimentador, enquanto um rock deixaria as coisas um pouco mais assustadoras e bagunçadas.

Quero fluir, quero cantar a gente. Quero me livrar deste sentimento e te guardar num ritmo. Assim, fica mais fácil. Assim, eu me livro de você aqui dentro e ponho pra fora – num clássico F#5.

Quero viver e fazer da gente, uma história de no máximo quatro minutos.  Pra algo que nunca aconteceu, está ótimo.
Eu ainda tenho que organizar o quanto vou dizer sobre nós dois. Tenho que aprovar quais sentimentos falar na letra; não sei se falo de desejo, paixão ou decepção. Não sei se te desmoralizo, ou se tento achar alguma justificativa pra gente.  

Eu não sei o que sentir, é isso. Estou congestionado, pois tenho todos os meios, menos a direção. Não sei se sigo em frente, ou se volto para te entender. A única coisa disso tudo que eu sei, é que eu quero cantar. Eu só quero cantar a gente.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Formiga


Formiga



A formiga não comeu o doce que deixaram exposto em cima da mesa. Agora, o doce está vulnerável a qualquer predador, ou parasita.
A formiga, faminta e descontrolada por natureza, só passou e rodeou aquela maravilha, e foi embora. Será que ela, a formiga, estava desconfiada? Será que ela achou que o doce estava envenenado?

Por que aquele doce maravilhoso seria esquecido aqui? - ela deve ter pensado. Será que por não crer na imprevisibilidade e na bondade da vida, ela, armada, deixou passar?

Aquilo estava lá, pra ela. – disse o momento.

O doce explicitamente delicioso não foi esquecido à mesa. Ficou por lá, até levarem-no a um concurso de gastronomia.  Ele foi deixado ali, para atingir a temperatura ambiente – empatia.

Neste concurso, o doce que a formiga teria só pra ela, foi o mais provado e aprovado.
O doce da mesa levou o primeiro lugar.

O que sobrou dele, no concurso, voltou à mesa. Continuou exposto e vulnerável. Logo, depois da fama que se espalhou, os predadores e parasitas vieram. Estão acabando com a doçura e deixando apenas a travessa – esqueleto. Mas, a fama do doce perdura.

O que vai sobrar desta receita, será apenas a intenção de repeti-la? A formiga teve sua chance e deixou passar. Agora, se ela arrepender de seu medo e quiser  finamente provar  do que ela desconfiou, ela terá que vencer os rigorosos critérios sanitários das melhores confeitarias.

Pobre formiga, ninguém mais deixa aquele doce tão vulnerável assim.  Ninguém quer perder a oportunidade de devorá-lo, seria loucura.

Pobre formiga, não ateste-se como louca e sim como tola.

Pobre formiga. Formiga estúpida.






domingo, 21 de julho de 2013

Peguei paixão

Peguei paixão



Maldita vulnerabilidade, fui contaminado de novo. De forma mais branda e inofensiva, se é que é possível, estou apaixonado novamente.
Resolvi assumir isso ontem a noite, e descobri o lógico: quanto antes o diagnóstico, mais possível e rápida a cura.

Paixão pra mim é doença. Ela tira o apetite, te derruba na cama. Às vezes você emagrece, perde até disposição.
Espere! Paixão é doença mesmo, é como obesidade: é um maldito distúrbio hormona (dopamina).

Ninguém inventou a cura disso?

Ontem a noite eu descobri muitas coisas - a noite foi como a lua estava, cheia. Além de que, diagnosticar o mais breve possível ajuda,  eu descobri o motivo desta minha imensa vulnerabilidade. Não citarei o seu porquê, mas tomarei as devidas providências para que isso acabe de vez.

O problema não está comigo. O que aconteceu foi o óbvio, foi o mesmo que sair de um banho quente, pisar no chão frio estando descalço, e sair de toalha recebendo o vento gelado que entra pela janela do 13° andar do meu apartamento.  No certo, um resfriado.

Foi isso! Eu saí desprevenido depois daquele desastre passado (últimos 14 meses), ignorando todas as condições. Achei, que por ser recente demais, eu estava vacinado contra este tipo de situação. Mas, paixão não é como catapora, que dá uma vez pra nunca mais acontecer. Paixão é como gripe mesmo; são vários tipos de vírus (porquês).

Mal recuperei de uma, e estou em outra – coração mole! Na verdade, é a primeira vez que isso acontece. Antes eu ficava de luto alguns meses, esperando meu coração recuperar, os anticorpos da decência ganharem força e o tratamento de amor próprio na veia fazer efeito.  Tudo aconteceu rápido demais dessa vez. Mas, não estou confuso - o que ameniza os efeitos da peste - mas, estou cansado.

Cansei de lutar contra mim mesmo; regrar meus pensamentos e atitudes. Cansei de engolir gritos de raiva e cansei de querer mostrar que eu existo.

O mais engraçado é que eu não quero juntar os sentimentos e chamar isso de namoro, ou relação.  Eu quero é proporção, atenção. Não me culpem, culpem os hormônios, eles pedem isso.

Eu tenho outros ideais em mente, outras prioridades. Não estou pronto para me envolver com alguém, eu sei disso. Mas, ninguém acorda e fala: “Hoje eu quero uma gripe B!”, assim como ninguém normal acorda dizendo: “Hoje eu quero me apaixonar por alguém do centro-oeste da Groenlândia”.  Ninguém pede para adoecer, ninguém pede para apaixonar. Na verdade, ninguém sequer tem escolha.

No mais, eu já tenho todos os remédios básicos para esta situação. É como uma pessoa alérgica que anda sempre com um frasco de remédio de nariz consigo - quando o tempo ameaçar, ela já está preparada para amenizar os efeitos.  E, ao longo do tempo, a coriza passa.

Hoje, estou doente, apaixonado. Mas, assim como o tempo de vida de um vírus da gripe, o da paixão também dura algumas semanas. Agora é tomar cuidado - toda gripe pode evoluir para algo mais sério e complicado, assim como uma paixão mal administrada. Da gripe, eu tiro repouso. Da paixão, meus textos e letras.  

Sei os porquês desta paixão do segundo semestre de 2013, e garanto que vou seguir a receita conforme foi descrita para mim. Não haverá declarações, nem  nada demais.
Vai passar e eu nem vou lembrar do meu último “atchim”.



quinta-feira, 11 de julho de 2013

Mal dia

 

Mal dia



Tem dia que nenhuma roupa cai bem, nenhum acessório combina. Tem dia que não achamos a nota ou tom, e cantamos mal. Tem dia que estamos com fome, mas nada nos alimenta.  Tem dia que nada está bom, porque apenas não estamos bem. 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Still welcome ♫

Still welcome ♫



I’m here for a while
Just trying to figure out what’s making me feel this way
I’m a step closer to breakdown, but inside I know how to stop getting crazy
I should've followed the light, make up my mind and make right
I’m not ready to love, I'm still not enough, cause I got lost

I’m lost in darkness, will you allow me to open the window?
Don’t you let me forget, don’t let it go.
I still gotta learn about it, and so many other things
Still I deserve your gifts?

Please, stay around – around, around, around me
Always spinning rounds, rounds, rounds protecting me
Open the window and allow  me to let it shine 
Natural as a star and the earlier  morning light
Hold me strong, you’re the one I lean on
Lord please, say that I’m still welcome

I guess now it’s the right time
I’m ready and strong enough to fight
I’ll hold your hand as I always did
Sorry if yesterday, I tried to stop to listen 
But today, it’s what matters
I know my mistake, I'm paying the price
I want and choose you Lord, to guide my life

Please, stay around – around, around, around me
Always spinning rounds, rounds, rounds protecting me
Open the window and allow me to let it shine 
Natural as a star and the earlier morning light
Hold me strong, you’re the one I lean on
Lord please, say that I’m still welcome

domingo, 7 de julho de 2013

Boa festa

"Boa festa"



Queria poder evitar todo este tormento. Mais uma vez, ignorei a luz e fiquei perdido no escuro.  Mais uma vez, acreditei em atalhos e fiquei preso na contramão.

Percorri 196 quilômetros para ver alguém. Mas ficamos separados pela vaidade, orgulho e falta de caráter. Marquei essa viagem há três semanas, e de repente fui obrigado a mudar meu trajeto intencional. Tive que desvirtuar e desviar minha vontade.

Você me dispensou. Ao invés de dizer “ah, fica comigo”, você me mandou ir. Essa atitude, você sabe, excita a maldita dopamina.
Você disse “boa festa”, então eu aproveitei e fui anestesiar os efeitos colaterais deste hormônio maldito.  Nisso, impedi também que ele tomasse conta de mim igual nos últimos 14 meses.

Relaxe, você não significa tanto assim, na verdade, você não significa nada pra mim. Mas, essa situação e este enredo me perseguem. Espero ter aprendido desta vez, e espero não ter que sujeitar a me atirar em onze para-raios novamente.  Coitados, iludiram-se achando que eu realmente caí na deles, enquanto eu só estava jorrando uma descarga energética de decepção em seus 22 respectivos braços.

Não sei como vai ser daqui pra frente. Talvez, será como era lá atrás – não existia nada. Não vou ficar lamentando, nem imaginando o quanto teria sido divertido, ou o quanto eu não entendi o porquê de você fazer tanta questão, para depois fugir.

Não me arrependo de nada, foi ótimo ter realizado um desejo seu com excelência, assim como estava na intenção da viagem. Você disse para eu ter uma boa festa e pode ter certeza, eu tive mais que isso.


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Deixe rolar

Deixe rolar


Vou deixar você segurar minha mão, vou até fazer carinho em você. Vou deixar você me levar para passear e me mostrar coisas que eu nunca antes vivenciei. Vou deixar rolar, assim como uma bola mesmo, uma simples bola – largada no quintal de casa.  Darei um ponta pé, vou deixar rolar até onde tiver que ir. Não prometo um chute forte, prometo chutar correspondente à minha vontade e disposição. Não tenho um gol, não tenho foco neste chute, por isso tenho que tomar cuidado para não quebrar a vidraça do vizinho. Você não está em um compromisso, certo?

O problema do chute, é o lugar que ele será dado. O local é plano ou íngreme? Se for íngreme, o chute vai ser dado para descer ou subir? Se for para descer, um dia a bola para, demora mais para – tipo paixão.  Se for pra cima, quem é que vai ficar chutando a bola quando ela voltar? Esse esforço, mesmo que revezado, cansa e é dispensável. – tipo rolo, de enrolado, não rolar!
Acho que num lugar plano, sem gols, vidraças e plantas, é mais seguro. Vou chutar, se você quiser continuar pegue o rebote. E se tiver que continuar, deixemos a bola rolar! – tipo um relacionamento.

Então, vou deixar rolar. Se eu não gostar, ao invés da bola, darei um pé em outro lugar! E claro, fico vulnerável a isso também!


Análise crítica - Manifestações 2013

“Efeitos Colaterais da postura da Rede Globo e a influência da Redes Sociais Online para os manifestos de 2013 no Brasil”


Nos últimos dias estão acontecendo grandes manifestações por todo Brasil. A primeira delas ocorreu dia 06 de junho de 2013 na capital do estado de São Paulo, com a intenção de protestar contra o aumento de R$0,20 nas tarifas do transporte público urbano.
No dia 13 e 14, do mesmo mês, a ação exagerada e despreparada da Polícia Militar da cidade de São Paulo, em relação aos manifestantes, chamou a atenção dos brasileiros. Os quais, pelas redes sociais na internet, foram divulgando relatos e acontecimentos.

A causa dos protestos era um bem social, afinal, grande parte da população paulista usufrui do transporte público, e a ação violenta dos policiais, foi encarada como hipócrita e desnecessária.
Além dessas interpretações, notou-se certo desespero do estado em conter qualquer “desordem”. Este desespero foi relacionado, pela data, com a Copa das Confederações que teria sua abertura no dia 15 do mesmo mês e claro, o Brasil era alvo internacional das mídias – nenhum despreparo poderia ser notado.

As manifestações eram pacíficas. Grupos, numerosos, andavam pelas ruas com cartazes, em uma só voz pedindo pelos seus direitos, assim como, a constituição brasileira permite e prega em uma democracia. Mas, a ação violenta da polícia, contrastou e causou sério desconforto na população nacional, a qual acompanhava as notícias pelas redes sociais, como: Facebook, Twitter e Instagram. Levando em consideração, que todo seu conteúdo é preenchido pelos próprios usuários, logo, divulgado sem qualquer censura.

O desespero exalado pelo estado, e a falta de atenção das grandes emissoras nacionais de televisão em relação aos acontecimentos, causou um desconforto nacional. No dia da abertura da Copa das Confederações – sábado, 15/06/2013-, a presidente Dilma Rouseff, foi vaiada dentro do Arena Mané Garrinja, estádio construído em Brasília para a Copa do Mundo de 2014. Esta atitude de vaiar a presidente, contagiou imensa parte da população, a protestar na semana seguinte. ( disponível em http://www.cnews.com.br/cnews/esportes/35580/dilma_e_blatter_ouvem_intensas_vaias_em_brasilia, acessado em 23 de junho de 2013, online)


Os protestos que inicialmente foram pelo aumento de R$0,20 nas tarifas do transporte público em São Paulo, ganharam outras direções e reivindicações. Espalhando por outras capitais brasileiras, manifestantes protestavam pacificamente, assim como os paulistas deram início, pelas principais ruas de suas respectivas localidades.
Em vários cartazes dos manifestantes, havia reivindicações como: a não votação do PEC 37 – projeto de lei que impediria o Ministério Público de investigar crimes, como: corrupção, organizações criminosas, entre outras particularidades. -, investimento em saúde e educação, transparência política.

As manifestações ganharam força. E foi pelas redes sociais que elas tornaram-se notáveis e atrativas. O povo faz o conteúdo de tais veículos midiáticos e as manifestações era o assunto.
Relatos da ação policial, das causas a serem protestadas, dicas de proteção e de organização durante as manifestações, lotou o conteúdo de páginas como a do Facebook.
Cada vez mais, o Brasil estava unido e frases como: “O gigante acordou.”, “Vem pra rua!”, “Não são só 0,20 centavos.” tornaram-se slogan das manifestações.

Diante a grande repercussão das manifestações na população, a qual assistia e apoiava as reivindicações proclamadas em desfiles compostos por milhares de jovens, adultos, idosos e crianças pelas ruas, que gritavam seus direitos, levantavam questões e queriam um basta na situação ridícula da política brasileira, que preferiu investir numa Copa do Mundo, do que em qualidade de vida de sua população em geral.
 As grandes emissoras nacionais então, tiveram que render a transmitir informações sobre as manifestações, mas claro, do jeito delas.


Nas manifestações que são pacíficas desde o início, havia vândalos infiltrados, e eles causaram certa decepção nos manifestantes, devido suas ações irresponsáveis e imorais. Mas essa foi a oportunidade para a Rede Globo de Televisão – maior emissora do Brasil- , um dos veículos aqui analisados, dispersar a atenção de quem acompanha as manifestações. Para a Globo é mais relevante relatar sobre a ação policial de nem meio terço do manifesto contra o vandalismo, do que mostrar que no geral e maior parte do tempo, os direitos democráticos estão ainda sendo pacificamente pedidos.


 O foco da Rede Globo é a ação dos vândalos / baderneiros e o motivo disso pode estar bem claro: audiência.  Muita gente pode estar deixando de assistir sua programação para ir às manifestações, mas, mostrando o perigo delas, as pessoas prefeririam ficar em casa, seguras, recebendo notícias. Além desta, que de imediato é uma solução, a Globo transmitirá a Copa do Mundo de 2014, e como há tanto descontentamento em relação a este evento, a emissora tenta desvirtuar o foco popular, para não ser prejudicada no futuro.

Ainda nas redes sociais são divulgadas notícias, relatos, eventos e apoio aos manifestos. Mas, em seu conteúdo já se vê muito sobre o repudio ao vandalismo- efeito colateral do que a Rede Globo vem focando.
É certo, existem vândalos. Mas, é opcional ser um veículo viabilizador da voz popular aos governantes e vice-versa e focar na importância deste acontecimento e na relevância que o poder popular tem sobre a situação social e econômica do o país. Ao invés de afastar e desmerecer este acontecimento.

O manifesto de 2013 não deve ser lembrado pelo vandalismo causado por vítimas da péssima estrutura social do Brasil.
 Estes vândalos são reflexo da terrível educação oferecida pelo país. Se não fossem vítimas da desigualdade social, eles estariam juntos à maioria dos manifestantes, não infiltrados e sim como um todo.  Os demais que manifestam desde o inicio de forma pacífica, lutam por eles, os vândalos. A luta é para que seja justa e humana a educação e a saúde, além da cobrança de um preparo para a construção de uma sociedade culta, valiosa e moralmente sucedida.

A saúde hoje, está prestes a ser obrigada a investir na cura gay, ao invés de curar preconceitos ou mentes perturbadas de jovens baderneiros que aproveitam de situações como as das manifestações de 2013, para vingar da sociedade que, eles julgam serem os culpados pelos traumas vividos, quebrando patrimônios públicos e privados.

A audiência da Rede Globo caiu desde o último dia 20, após exibir, da sua maneira, a cobertura das manifestações. O povo não quer ser alienado, essa é a resposta e a prova de que realmente o Brasil acordou.

Os protestos ainda não tiveram fim, mas já tiveram alguns resultados. As tarifas do transporte público foram reavaliadas e chegaram não só a não aumentar, a como diminuir seu preço.
Municípios no interior dos estados, do sul ao norte do país, estão protestando pelos seus direitos.  Todos reivindicam melhorias na saúde, educação, transparência política. O descontentamento é geral e epidêmico. A mídia internacional já fala sobre o que está acontecendo no país da copa de 2014.

No último dia 22, a presidente Dilma Rouseff utilizou de seu poder presidencial, para dar um pronunciamento em rede nacional, posicionando-se íntegra as manifestações. Foram apresentadas propostas e alguns esclarecimentos sobre verbas da copa, foram feitos.

Já neste último dia 26, houve a votação da PEC-37, e, em resposta às manifestações ela foi rejeitada pela maioria dos deputados. Além disso, projetos, como 75% dos royalties do petróleo para a educação, foram votados e aprovados.

Efeitos colaterais já são vistos, mas não ainda sentidos. A população só deve parar de manifestar, quando os vândalos forem convertidos, moralmente, para adeptos à causa. Pois, só assim, teremos certeza de que os investimentos não foram desviados pelo caminho.